Depois de muitos anos consegui me programar para sair de férias com minha mulher. Bem, não foi lá uma grande programação, porque até as vésperas, não sabia ainda muito bem aonde ir. Pensei em Bonito do Mato Grosso do Sul, em Guarapari no Espírito Santo, em Pirenópolis aqui em Goiás, em Rio Quente também em Goiás, porém, aproveitando a oportunidade para levar meu mano em Santos, que estava passando uns dias aqui com meus familiares, resolvi ficar uns dias por lá e depois seguir pelo litoral norte via Rio-Santos até onde o dindin desse. Nunca fiz nada parecido, mas nunca é tarde para se começar, mesmo tendo agora que economizar por um ano... Valeu à pena!
Saímos de Rio Verde na terça dia 15 de julho às 16h. Às 6h da quarta estávamos em Santos. Deixei meu mano em sua casa com minha cunhadinha e seus pais. Demos entrada no Hotel Caravelas que fica a 20m da praia José Menino, ali, no canal 1. Muito aconchegante, o pessoal simpático, acolhedor e o café da manhã gostoso. Sentimos-nos muito bem ali.
Descansamos um pouco e depois fomos procurar um lugar legal para comermos. Almoçamos no Restaurante Praia Gonzaga que fica ali na Av. Mal. Floriano Peixoto. Uma comida muito gostosa e um lugar bem tranqüilo, apesar do trânsito movimentado do lado de fora. Depois, como não poderia deixar de atender minha esposinha querida, fomos às compras nas lojas do Gonzaga. Ai... Andamos, andamos, andamos... Caramba! Ela não se cansava! E eu doido pra caminhar na praia com a água salgada pelo tornozelo. Paciência!
Na quinta fomos até a Ilha Porchat tirar algumas fotos do mirante projetado pelo Niemeyer que fica no topo da ilha. Esse mirante tem um bicão que fica apontado na direção de Brasília. A visão de lá é simplesmente maravilhosa. Dá pra vislumbrar as praias do Gonzaguinha e Itararé, ambas em São Vicente, e também a baia de Santos. Lembrei-me que nessa ilha tem uma pedra que o pessoal chama de Pedra do Tarzan e eu já pulei de cima dela pro mar, quando era adolescente nos anos 70. Hoje, “acho” que nem consigo subir nela! Que dúvida! Mas sou capaz de ficar ali por horas admirando a beleza natural contrastando com a engenhosidade do homem, e tudo criado por Deus. Fico até extasiado. Depois, fomos visitar um velho amigo e sua família.
Na sexta fomos caminhar na praia. Começamos ali no canal 1, Praia do José Menino e fomos até o canal 5, Praia do Embaré. Achei a praia muito limpa e a água também estava bem clara. Bem diferente da outra vez em que estive em Santos há alguns anos. Os jardins estavam muito bem cuidados. A prefeitura de Santos tem quarenta funcionários só por conta de manter o jardim bem cuidado. E aqui uma informação oficial: depois de muita pesquisa, os editores do Guinness Book of Records, o livro dos recordes, finalmente incluíram o jardim da orla de Santos como o jardim frontal de praia de maior extensão do mundo; são 5.335m de extensão distribuídos ao longo de 7km de praias, ou 218.800m², que vão do José Menino à Ponta da Praia. Dá pra fazer uma caminhada e tanto, e se ainda tiver fôlego, dá pra estender até a Ilha Porchat em São Vicente.
À tarde fomos passear na Escuna Tamburutaca. Foi quase duas horas de passeio e eu fiquei sentado o tempo todo. Fiquei com receio de me levantar e tontear e dar vexame. Mas o passeio foi muito gostoso e o mestre da escuna ia narrando pelo microfone as informações de cada lugar. Passamos pela Fortaleza da Barra, Ilha das Palmas, praias do Góes, do Cheira Limão e do Sangava - localizadas no Guarujá - e da Ilha de Urubuqueçaba, na divisa com São Vicente. Também vimos, sob um ângulo privilegiado, as praias do José Menino, Pompéia, Gonzaga, Boqueirão, Embaré, Aparecida e Ponta da Praia, todas em Santos. Na direção contrária, através do estuário e Canal de Bertioga, vimos o porto e seus armazéns, as construções antigas da Codesp, a Ilha Barnabé, a Base Aérea de Santos e a Ilha Diana, onde vive uma comunidade de 200 pescadores, os manguezais e parte da área continental de Santos. Também dava pra ver vários prédios inclinados. O mestre da escuna disse que 95% dos prédios da orla têm algum grau de inclinação, mas que os técnicos que fizeram essa avaliação disseram que não tem risco para os moradores (será que algum téc+.lltnico mora num desses prédios?). Achei o ingresso do passeio meio caro, R$ 20,00 por pessoa, mas como nunca tinha feito esse passeio, achei que valia a pena. Encerrando o passeio o mestre fez um sorteio e a Tell ganhou uma coca lata geladinha e uma miniatura da escuna, e ainda pegou no timão (imagina o risco que corremos?!).
Depois fomos conhecer o Museu da Pesca. Sabe o que tinha lá? Um tantão de esqueleto de peixes de tudo quanto é tamanho, e mais algumas curiosidades. Para quem gosta de peixe é uma boa pedida. Olha o tamanho do tubarão da foto aí. Esse esqueleto comigo ao lado, se trata de uma baleia de sete toneladas e com vinte e três metros de comprimento. Grandinha não?!
À noite fomos comer uma pizza no Van Gogh. Uma delícia! O problema é que serve aperitivo enquanto sai a pizza, e eu acabei entrando pra valer no aperitivo, e quando veio a pizza, só consegui comer quatro pedaços, só! A Tell comeu um e meio e o que sobrou, guardei no frigobar do hotel, e se ninguém de lá observou, deve tá lá até hoje! Pois só fui me lembrar disso quando já estava em Ubatuba.
Sábado levantamos cedo, tomamos café e pegamos a balsa (é de grátis!) para Guarujá. Fomos até a Praia do Pernambuco, águas claras e rasas, mas como as achei muito fria, não tive coragem de entrar no mar não, mas a Tell não perdeu tempo. Essa sabe aproveitar! Eu me satisfiz só de ficar sentado debaixo do guarda-sol admirando as pequenas ondas arrebentar na praia, e claro, bebendo coca-cola e comendo petisco de camarão com cebola a milanesa. Mais tarde fomos caminhar pela praia e quando nos cansamos ficamos encostados nas pedras da ilha. Aproveitamos também pra tirar água do joelho porque lá não tem banheiro público, aí o jeito foi entrar no meio das árvores da ilha. A prefeitura podia providenciar banheiro público nas praias do Guarujá como tem nas praias de Santos, não é?!
Retornamos à Santos no meio da tarde e pegamos o bonde funicular do Monte Serrat. São aproximadamente quatro minutos de subida. De lá tiramos algumas fotos da cidade de Santos e do porto. A vista é realmente muito bonita de lá de cima. O Cassino de Monte Serrat foi inaugurado em 1927, mas eu fiquei um pouco frustrado porque achava que pela fama, o lugar oferecesse mais entretenimentos aos turistas. Com relação à gastronomia mesmo, não tinha nada de interessante. Podia ter, por exemplo, um bom restaurante. Acho que falta um pouco de investimento. Lá em cima tem uma vila pequena e uma igrejinha, e do mirante dá pra tirar boas fotos. Nesse dia ia ter um casamento lá. Estava cheio de gente arrumando tudo para a cerimônia e festa. O pessoal que puxa e segura o bondinho pra cima e pra baixo, ia ter muito trabalho. Haja cabo!
À noite fomos convidados pelos nossos amigos Fernando e Nilce para jantarmos. Eles escolheram um restaurante diferente. Não me lembro o nome agora, mas sei que fica na Afonso Pena. Lá serve rodízio de espetinho. É só espetinho mesmo, mas de várias carnes, e tinha até uva e morango com cobertura de chocolate no espeto. Eu achei que a conta ia ser dividida e comi uns dez, mas na hora de pagar o Fernando não me deixou participar e pagou tudo sozinho. Obrigado Fernando! Da próxima, deixa comigo... vou comer o dobro! ;^) Também estava lá a Priscila, filha dos meus amigos e mais tarde chegou o casal Davi e Rosa, irmão e cunhada da Nilce. Tudo gente boa!
Domingo saímos cedo em direção a Ubatuba. Pegamos a balsa que atravessa para Guarujá e seguimos em frente. Pegamos a via Rio-Santos que passa a margem de várias praias, cada uma mais linda que a outra. Pena que não dava para parar toda hora para admirar com calma e tirar fotos.
Chegamos em Ubatuba pelas 13h e achamos uma pousada muito ajeitada. É a pousada Pousada das Artes da D. Arlete. O casal Francisco e Cristina é que são os responsáveis para manter tudo funcionando. A pousada é muito gostosa, são oito suítes temáticas, e cada uma representa um país. Ficamos com a da Grécia. Na sala da recepção fica uma garrafa de café, mas que não é só café, é café com leite. Eu ainda não tinha visto isso, porque normalmente só tem café preto nessas garrafas térmicas. Uma idéia legal! A D. Arlete é uma tremenda artista plástica e cada canto da pousada tem uma arte sua que encanta.
Depois de nos instalarmos, fomos procurar um restaurante. A Tell queria comer carne e eu achei foi bom, porque não sou fá de peixe. Aí achamos na praia das Toninhas o Restaurante Arrastão, muito acolhedor. Pedimos uma picanha na grelha. Que delícia! São quatro bifões no ponto servidos na grelha quente, com cebola e tomate, arroz com brócolis, farofinha com lingüiça e batatas fritas. Comi tanto que sai arregalado e me esqueci de tirar uma foto!
Na segunda fomos a Paraty. Sempre ouvi falar muito da cidade e quis aproveitar que estávamos tão perto e fomos passar o dia lá. O centro histórico é muito histórico (dizer mais o quê?!). Demos uma volta por lá, quase torcemos os tornozelos naquelas pedras. Como nossos predecessores sofriam, né!? Cansamos logo e fomos para uma praia atrás do monte que se chama Jabaquara. A vista é muito bonita e o mar calmo. Pode-se andar mais de cem metros mar adentro que a água só chega até as canelas. Mas a areia não é muito firme igual à de Santos. Tentamos caminhar, mas não deu. A gente se afundava na areia... quer dizer, eu né! Almoçamos num quiosque da praia mesmo, caminhamos mais um pouco pela cidade, tiramos fotos, compramos algumas coisinhas e retornamos a Ubatuba. Ah! Tomei um sorvete de capim cidreira. Já viu isso? Muito, muito bom... pra quem gosta!
Na terça o caixa já estava baixo, então, resolvemos pegar o caminho da roça, mas antes, passamos por São José dos Campos, Campinas, e paramos em Uberlândia. Na quarta fomos procurar a casa da sobrinha da Tell, e achamos, por incrível que pareça, mas não tinha ninguém lá. Aí rumamos para Paracatu, cidade da minha esposinha. À noite comemos um arroz com lingüiça na casa da minha cunhadinha Mírian que só ela mesma sabe preparar. Ficamos por lá quatro dias, passamos em Cristalina na casa da Yanne sobrinha da Tell, em Brasília almoçamos uma comida da hora na casa da D. Socorro e chegamos em Rio Verde no domingo à noite.
Em Paracatu, como sempre, acontecem coisas inusitadas. Uma manhã, às 5h30 fomos acordados pela Ruth e Florival com uma bandeija com pão de queijo quentinho, café, leite, e nescau. Não nos deixaram nem sair da cama. Tomamos o café da manhã ali mesmo. Dali eles foram fazer o mesmo em mais dois irmãos. Estavam animados!
Comi um prato na casa da Ruth e Florival que nunca tinha comido antes, é um tal de Galopé. É um cozido de galo com pé de porco. Tava da hora! Aliás, os almoços foram todos na casa deles. Ficamos instalados na casa grande de vó Lídia, mas tomamos as refeições lá.
Teve a comemoração do aniversário do meu cunhado Paulinho com arroz com carne de sol e galinhada, mas dessa vez eu comi pouco porque estava de noite. Só dois pratinhos!
Também teve o sábado em que a Maria, irmã do nosso cunhado Pedrinho, fez um grande almoço em seu rancho, e até a Tell aproveitou para pescar, ou melhor, tentar.
Teve também as pizzas que Dácia pagou na pizzaria do Paracatuzinho que estavam muito saborosas. Tudo muito bom!
Teve uma tardezinha que a Tell, Dácia, Queijo, Cida e Flávia foram visitar o túmulo da minha sogrinha. Só que se esqueceram da hora, e quando resolveram ir embora, acreditem... ficaram presos no cemitério. A senhora responsável pela chave do portão do cemitério, fechou o portão na hora certa, e não percebeu que ainda havia gente lá dentro. Tinha uns rapazes do lado de fora sentados no banco de concreto, e o Queijo gritou pedindo ajuda pra eles. Só deu neguinho correndo e Queijo gritando... Ôôô, gente, eu tô vivo, eu tô vivo!!! Ai perceberam que se tratava de gente viva mesmo, e foram chamar a dona da chave do portão que mora lá perto. A dona foi abrir o portão toda desconfiada porque a Tell tirou foto dela, e ela achou que era para dedurá-la ao prefeito. Mas ficou tudo bem. E mais uma história pra ser contada pros netos.
Para encerrar as férias, fomos passar os últimos dias em Mineiros na casa do nosso filho caçula Victor e nossa norinha legal que faz pudinho Leandra. E assim, acabamos nosso relato das férias de julho de 2008.
Ficamos muito satisfeitos com essas férias. Gastamos muito, e agora vamos ter que economizar até no papel higiênico, ;^) mas valeu a pena. Já estamos pensando para o ano que vem. Se Deus quiser, dessa vez vamos levar a família toda. Vai ser uma farra boa!
Ao Senhor nosso Deus agradecemos por ter proporcionado dias tão agradáveis, pelo cuidado, proteção e presença constante durante as férias. A Deus toda glória!
As fotos das férias estão no Orkut.