A partir, daqueles momentos dramáticos, do nascimento daquela criança e da morte da sua mãe, Ninita e Marcílio, casados há cinco anos e sem filhos, foram convocados pelo Eterno para participarem ativa e definitivamente no Projeto de vida daquele menino.
Tacitamente, o pai, viúvo, os familiares de um lado e do outro, concordaram em que, pelo menos por algum tempo, o menino ficaria sob os cuidados dos tios Marcílio e Ninita.
Após sete meses, o viúvo, contraiu novas núpcias com Laudelina Mendes (a Ladi), que logo iniciou outra família, cujo número de filhos alcançaria a soma de sete, seis meninas e um menino. Duas das filhas faleceram, ficando-lhes um filho (mais velho), e três filhas e outra extemporânea, quando a caçula já estava com quatorze anos.
Camélia e Milburges haviam decidido que se a criança esperada fosse menino teria o nome do pai e se menina, o da mãe. Camélia, a mãe, dedicou àquela criança que crescia no seu ventre ao Senhor, que fosse Pastor. E sentindo-se muito doente e alquebrada de suas forças, ela dizia, invariavelmente, à prima e concunhada Ninita: “Você vai criar o meu filho, e vai encaminhá-lo ao ministério”. Ninita desconversava, mas ela insistia: “Prometa-me, você educará o meu filho e o encaminhará ao Seminário”. A prima prometeu e Camélia ficou tranqüila.
Agora, tudo, acontecera como aquela mãe pressentira.
Marcílio e Gersonita adotaram provisoriamente o menino, porém, como o pai novamente consorciado, adquirira outros filhos, o pequeno órfão, ficou permanentemente com os tios, até que num futuro distante, o Deus Eterno, os convocassem para a mansão dos Salvos. Eles criaram com desvelo, com muito amor e responsabilidade, o pequenino, a quem nunca ocultaram a sua condição de filho adotivo, como também quem era o seu pai biológico com quem sempre se relacionou carinhosamente.
A esta altura do esboço, cremos que todos já concluíram que eu sou aquele menino, nascido a três de agosto de 1928, na cidade de Araguari, Minas Gerais.
Eu, Milburges Gonçalves Ribeiro, ao nascer perdi minha mãe biológica, porém, o Eterno já me tinha provido uma mãe cristã, Gersonita, que me criaria nos caminhos do Senhor. Proveu-me outro pai, moral e espiritualmente qualificado, Marcílio, que apoiou o compromisso assumido com Camélia, antes de o filho nascer.
Meu pai casou-se com Laudelina, minha madrasta, logo eu, agora, teria duas mães. Meus avôs paternos: Cirilo e Mariana, e maternos: Vicente e Maria Augusta (a Cota), e agora, os avôs adotivos: José Coelho e Isolina Goulart Coelho, que viveriam na companhia do neto, por todo o tempo de suas vidas.
Aí está a primeira parte do Esboço de Uma Vida, da minha vida.
“Não fostes vós que me escolhestes a mim, mas eu vos escolhi a vós outros, e vos nomeei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça”.
Um comentário:
Que vida abençoada!!!Que liçao!!!
como diz no catecismo, Pra glória de DEUS o homem foi criado. Mas quantos nao o fazem dando a vida pra gloria de DEUS? cERTAMENTE ESSA VIDA FOI UM VASO DE HONRA PARA oSENHOR!!Tudo de melhor, paz e graça , em CRISTO, leh
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