quarta-feira, 26 de setembro de 2007

ao Governador Mário Covas


Senhor Governador, conhecemo-nos em Santos, na Prefeitura. Jonas Faulin nos apresentou. Na ocasião, 75 a 79, eu era Pastor da Igreja Presbiteriana de Santos, Campo Grande. Jonas era o Secretário do Conselho da Igreja. Nosso amigo comum, Jonas, infelizmente, não mais conosco.

Dr. Covas, tenho acompanhado a sua luta contra a insidiosa enfermidade que o acomete, e, como velho Pastor, senti imperiosa necessidade de lhe dirigir esta mensagem.

Há momentos, Dr. Covas, em que inesperadas e inaceitáveis adversidades nos atingem, com intensidade e conseqüências irreversíveis. Assim, de repente, nos sentimos fragilizados psicologicamente e espiritualmente, por que não encontramos uma resposta que nos satisfaça as indagações mais profundas do nosso ser. Aos nossos por quês?!

Forçados que somos a confrontos inapeláveis, quanto ao nosso desempenho ao longo da nossa historicidade. Diante da nossa frágil e incompleta avaliação de como nos situamos diante do grande momento.

Dr. Covas, meu amigo, meu irmão, o meu desejo carinhoso, solidário, é para que o Sr. se dê a chance para descobrir e experimentar a maravilhosa misericórdia de Deus, revelada a todos os que sofrem na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo, que, existe uma Luz ao fim do túnel. Um dos belos Salmos da Bíblia, o 23, nos fala: “Ainda que eu ande pelo vale da sombra da morte, não temerei mal algum, porque tu estás comigo.” As trevas que nos assaltam o íntimo serão vencidas pela Luz de Jesus. Ele nos diz: “Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida”. E mais: “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou conforme o mundo a dá, não se turbe o vosso coração, nem se atemorize”.

Não estou lhe propondo um novo credo religioso, o que de fato, não lhe beneficiaria em nada. Todavia, proponho-lhe a verdade expressa nas palavras de Jesus: “Conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... se, pois, o Filho vos libertar verdadeiramente sereis livres”. Livres, Dr. Covas, para em meio às lutas do presente, poder fazer um inventário melhor da nossa concretude humana. A Bíblia nos fala de um homem sofredor, mas que depositava total confiança no propósito do Deus Eterno, para sua vida. Jeremias, era o seu nome, disse ele: “Quero trazer à memória o que me pode dar esperança... Porque as misericórdias do Senhor, renovam-se cada manhã, razão de não sermos consumidos. Grande é a sua Fidelidade”.

Então, Dr. Covas, segure nas mãos do Deus Eterno, e o Sr. aguardará, com serenidade, tranqüilo, como o nosso Jonas Faulin, a vontade soberana do nosso Eterno Pai.

Jó, o homem humilde e paciente no sofrimento disse: “Receberia eu apenas os benefícios do Senhor e não os males? O Senhor o deu o Senhor o tirou, bendito seja o Senhor”. Impressionei-me quando o Sr. se expressou mais ou menos da mesma maneira.

Segura na mão de Deus e seja tranqüilo, pois a Luz de Jesus iluminará a sua caminhada, rumo à eternidade. A sombra se fará Luz. Amém?!

No amor de Jesus!

Milburges G. Ribeiro
Rio Verde, 16/01/2001

Um comentário:

leh disse...

puuuuuuuuxa...lembro do covas mencionar esse texto numa coletiva, legal!!!!